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Extração de areia volta a debate no Vale
Estado e prefeituras discutem ampliação da extração de areia nas cidades do Vale Histórico em reunião ontem em Lorena
A primeira discussão da Câmara Temática de Mineração sobre a possível ampliação da extração de areia nas cidades do Vale Histórico teve uma boa repercussão. Realizado em Lorena, o debate reuniu representantes de várias cidades, como Caçapava, Guaratinguetá, Cruzeiro, Canas, Potim, Piquete, São Bento do Sapucaí, São Luís do Paraitinga, além de ambientalistas e empresários.
O projeto de planejamento geominerário da região, conduzido pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), foi aprovado, desde que sejam definidos os riscos ambientais. Em duas horas de reunião, foi apresentado o indicativo de possibilidade de exploração em respeito aos planos diretores das cidades.
O coordenador de Meio Ambiente de Guaratinguetá, Getúlio Martins, diz que é preciso ter cautela neste tipo de exploração. "Vamos observar se a prática não trará impactos no curso d'água dos ribeirões assim como na agricultura." Novo encontro ocorre em Cruzeiro no início de janeiro.
Alerta. Representante do Instituto Oikos de Lorena, Marcelo Manara, divide a mesma opinião. Segundo ele, o zoneamento municipal precisa se equilibrar com o minerário. "Caso contrário, as várzeas podem se transformar em buracos de areia e asfalto. O resultado é um agravamento na vazão do rio Paraíba do Sul e uma possível influência nas enchentes", disse.
Polêmica
Municípios querem resposta em torno de impactos ambientais que a exploração de areia pode trazer
O que diz a lei
O artigo 225 da Constituição Federal garante um meio ambiente sadio para as futuras gerações
Próximas Etapas
O mapeamento geomineiro levará 1 ano para ser concluído. Próxima reunião da Câmara Temática será em Cruzeiro
Texto: Lauro Lam Especial
Fonte: O VALE